PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

abr. 13, 2024

Um dos custos mais impactantes no orçamento de toda empresa, sem dúvida alguma, é o custo tributário. Toda pessoa física ou jurídica no Brasil tem parte do seu orçamento direcionado a custear impostos ou contribuições, seja de forma direta ou indireta.

Estes custos, principalmente no caso de empresas, podem muitas vezes ser reduzidos consideravelmente de forma legal através de uma importante ferramenta chamada Planejamento Tributário. Nosso CTN – Código Tributário Nacional é extenso e complexo, porém, traz a possibilidade das empresas criarem estratégias importantes e relevantes para lidar com os impactos fiscais e tributárias impostos pela nossa legislação. O planejamento tributário é uma das medidas mais importantes, não só para se adequar à legislação tributária, mas também para reduzir custos com o pagamento de impostos.


O planejamento tributário é um estudo para avaliar qual é o regime tributário mais adequado a uma empresa e também avaliar a gestão de pagamentos de tributos e as maneiras pelas quais é possível reduzir legalmente a carga tributária que incide sobre uma empresa. Da mesma forma que os gestores dedicam atenção à gestão de estoque e gestão de pessoas, por exemplo, devem se dedicar à gestão dos tributos.


As empresas brasileiras lidam com uma legislação tributária bastante complexa. Isso por si só deveria justificar a realização de um planejamento tributário eficaz. Quando há uma má compreensão das normas da legislação vigente, as empresas aumentam o risco de sofrer com o acúmulo de falhas e ilegalidades em suas operações internas. Contudo, podemos considerar outros fatores para atestar a importância do planejamento tributário. Uma empresa que tem esse cuidado se beneficia, por exemplo, dos procedimentos de revisão de erros e possibilidades de aperfeiçoamento de todos os processos. Isso porque, além de cálculos, o planejamento analisa como as questões fiscais e tributárias estão integradas dentro dos setores de uma empresa.


O planejamento tributário pode ser feito de maneiras distintas. Existem três tipos principais, que podem ser selecionados de acordo com as necessidades e os objetivos do negócio: operacional, tático e estratégico. Eles correspondem, respectivamente, a planejamentos para o curto, médio e longo prazo. Contudo, ainda existe o planejamento corretivo, que também é fundamental para o cotidiano dos negócios. Explicamos como funcionam os quatro tipos logo abaixo:


  • Estratégico: O planejamento estratégico visa definir os objetivos fiscais de uma empresa a longo prazo. Os responsáveis por definir as ações desse planejamento são sócios, advogados, contadores e diretores da empresa. Nele, a meta é adequar os objetivos mais amplos da empresa à legislação brasileira referente à carga de impostos. Para o planejamento estratégico, são definidos, por exemplo, os tipos de regime tributário (lucro presumido, simples nacional, lucro real etc.), incentivos fiscais, contratações e terceirizações e mudanças domicílios tributários. De modo geral, os responsáveis pelo planejamento estratégico devem definir o futuro da empresa e entender como a parte tributária deve ser desempenhada nesse desenvolvimento. Trata-se de um grande desafio, já que a ideia é prever cenários e preparar o negócio para imprevistos.
  • Tático: No segundo nível de planejamento tributário, encontramos o planejamento tático. Ele diz respeito às ações de uma empresa a médio prazo. Esse tipo é responsável por lidar com os planos voltados para cada setor ou departamento da empresa e visa criar condições práticas para a realização do planejamento estratégico. A responsabilidade de quem realiza esse planejamento é de conceber as ideias para o futuro da organização e classificá-las por meio de uma sequência de atividades. Nessa fase, as atividades ainda não são iniciadas, mas já são definidas orientações como a metodologia utilizada pela organização e os responsáveis pelas tarefas.
  • Operacional: No primeiro nível de planejamento tributário, encontramos o planejamento operacional, que diz respeito às ações de uma empresa a curto prazo. Inclui tarefas como o pagamento mensal de tributos e acompanhamento da situação fiscal da empresa. O planejamento operacional é elaborado para um período curto. Nele, são articulados todos os meios disponíveis para cumprir os objetivos tributários dentro do período estabelecido. São especificados as funções, os responsáveis, os prazos, os recursos necessários, os objetivos esperados, entre outros detalhes. Em relação aos outros níveis de planejamento tributário, o operacional é composto pelas ações concretas que pretendem cumprir os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico. E assim, contribuir para os rumos da empresa definidos no planejamento tático.
  • Corretivo: O principal objetivo do planejamento corretivo é identificar situações atípicas que podem expor uma empresa a riscos tributários. Assim como, propor soluções antes que as circunstâncias detectadas tenham consequências negativas. Os responsáveis por esse planejamento devem estudar as incoerências, planejar as melhores saídas e definir os responsáveis por cada tarefa. Os problemas identificados pelo planejamento corretivo podem ser, por exemplo, a possibilidade de créditos fiscais e exposição ao fisco. As soluções planejadas podem evolver revisões fiscais mensais e anuais para evitar deslizes operacionais.


Um bom planejamento vai muito além de estabelecer datas e criar um cronograma. É preciso ter um diagnóstico profundo sobre a atualidade, esclarecer incoerências, buscar as melhores soluções e criar metodologias para alcançá-las. Quando falamos sobre planejamento tributário, o raciocínio é o mesmo, além de é claro, possuir profundo conhecimento da legislação tributária e técnica fisco/contábil. O planejamento precisa entender como ocorre a incidência de impostos sobre as operações da empresa e buscar saídas legais para que ela pague o mínimo de tributos, o que é a elisão fiscal. Parece uma tarefa complexa? Na verdade, existem algumas etapas que tornam todo o processo mais prático e acessível para empresas de todos os portes. Um planejamento tributário rigoroso, com uma abordagem detalhada acerca da maneira como a empresa lida com a carga de impostos, reduz o impacto provocado pela tributação excessiva. Na prática, veja os principais benefícios trazidos pelo planejamento tributário.



  1. Redução de custos;
  2. Aumento da competitividade;
  3. Atuação preventiva contra autuações;
  4. Orçamento anual bem-sucedido.


Por mais que você já tenha em mente o regime de tributação que deseja encaixar sua empresa, o ideal é verificar todas as possibilidades, para perceber qual é, de fato, mais vantajosa para o seu negócio. Para microempresas ou quem está começando com seu negócio, por exemplo, é comum recomendar o Simples Nacional como regime de tributação. Contudo, há casos em que o faturamento anual é inferior a 4,8 milhões, mas mesmo assim, a melhor opção não é Simples Nacional, portanto, é preciso analisar com cuidado as condições de cada empresa para tomar uma decisão. A partir da tabela de cada regime tributário, já é possível saber a porcentagem que será incidida sobre a empresa. Embora seja comum levar em consideração o faturamento anual, a margem de lucro também deve pesar na decisão.


Não é porque uma empresa escolheu determinado regime tributário, que ela precisará continuar no mesmo para sempre. Na realidade, o recomendado é rever o enquadramento constantemente, de preferência no início de cada ano. O principal fator considerado em uma possível troca de regime, é o desempenho da empresa nos últimos meses. Se a sua empresa adota o Lucro Presumido, por exemplo, verifique se as receitas têm se mantido constantes e inferiores ao teto estabelecido por esse regime de tributação. Caso não, a mudança para o Lucro Real pode ser uma alternativa.


As mudanças nas leis tributárias acontecem de tempos em tempos e impactam as empresas de diferentes portes. Quando alguma alteração é aprovada, torna-se obrigatório adequar a empresa a novas obrigações fiscais e tributárias, mesmo que não seja possível obter vantagens. Portanto, o acompanhamento da legislação tributária brasileira é importante, para garantir a prevenção de multas, retrabalhos e erros em cálculos de impostos. A melhor maneira de avaliar os resultados que a sua empresa vem obtendo com determinado regime tributário, é definindo e acompanhando bons indicadores. Ao final de seis meses, por exemplo, avalie a economia real de impostos: calcule o valor de impostos pagos no total e compare o resultado com o valor que seria pago sem ações do planejamento tributário. Além disso, quando é identificado que há tributos a serem recuperados, defina o valor que representa 100% de recuperação. Depois das ações, compare o valor obtido com a meta definida anteriormente. Quanto mais perto da meta, maior é o sucesso da recuperação de tributos.


O planejamento tributário é uma excelente forma lícita de reduzir o peso da carga tributária que uma empresa precisa arcar. Vale lembrar que é importante contar com uma assessoria especializada em questões tributárias e fiscais, para garantir todos os benefícios com a ação e obter os resultados esperados.


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COMO TER UMA MARCA DIFERENTE DE TUDO QUE ESTÃO FAZENDO E POTENCIALIZAR SEU CRESCIMENTO E VENDAS NO DIGITAL.
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O empreendedorismo está associado a capacidade de idealizar, inovar, aprimorar e mudar um negócio. A era digital é uma tendência mundial, vivenciada através da inovação tecnológica. Reynolds (1997, apud Chiavenato, 2007), apresentam um conceito de empreendedorismo como inovação tecnológica. O tema empreendedorismo digital é atual e de interesse geral. Foi-se o tempo em que a internet era considerada somente um espaço de entretenimento: o meio digital é um frutífero campo para desenvolver negócios, ampliando o alcance das suas vendas de forma mais diferenciada e flexível do que em uma empresa tradicional. Ser um empreendedor digital é trabalhar e obter renda através da internet, seja com um site, blog, anúncios em redes sociais ou prestação de serviços online. Assim, podemos chamar de empreendedorismo digital todo negócio que é desenvolvido 100% na internet, seja ele um desdobramento de um produto ou serviço preexistente, ou uma empresa nascida e atuante exclusivamente no ambiente virtual. Segundo dados do SEBRAE: ⦁ O Brasil é o sétimo maior mercado mundial de internet, em número de internautas; ⦁ Mesmo sendo o sétimo maior mercado mundial, o Brasil é apenas o décimo quinto em publicidade online; ⦁ Os internautas brasileiros passam 3 vezes mais tempo na Internet do que vendo TV; Flexibilidade é um dos elementos mais atraentes do meio digital para os empreendedores é a adaptabilidade desse tipo de iniciativa. Como empreendedor digital, você fará seus horários e definirá sua quantidade de horas de trabalho, ajustando-se às necessidades do seu negócio e do seu público. Tornar-se um empreendedor digital é consideravelmente mais barato do sê-lo na versão tradicional. A primeira economia é com o aluguel de espaços: sua estação de trabalho é o seu próprio computador, ou seja, você poderá trabalhar até mesmo de casa, se assim desejar. Optando pelo home office, você deixará de custear alimentação externa, transporte, contas de uma possível sala comercial, entre outros gastos envolvidos. A internet é um grande ambiente de interação e isso pode favorecer a sua empresa: estando conectado virtualmente aos seus clientes, você fortalecerá a sua relação com o público e poderá entender melhor suas demandas, adaptar sua linguagem e aumentar suas vendas. Marcas próximas aos clientes têm mais chances de se tornarem lovemarks – empresas que contam não só com o consumo, mas com a defesa e o apego emocional das pessoas. O resultado das pesquisas sinaliza que a falta de planejamento é a causa principal do fracasso da maioria dos negócios. Uma boa organização financeira, de entrega, de horários e produção pode ajudar-lhes a evitar muitas dificuldades. Em média, os empregadores digitais estão no mercado a quase 2 anos. Do total 62% estão no setor de serviços. Em seguida, o setor mais procurado é o comércio com 33% de respostas. Indústria e agronegócio correspondem a 5% do total. É importante pensar que a transformação digital é muito mais do que marketing ou simplesmente a tecnologia, ela engloba a forma de gerir a sua empresa e, por isso, tornou-se algo necessário para acompanhar a evolução do mercado. Engana-se quem pensa que a transformação tecnológica está baseada em se fazer presente nas Redes Sociais, ter um blog corporativo ou fazer um vídeo para a internet: é muito mais do que isso. É claro que a presença digital faz parte do processo, mas não significa o todo neste cenário de transformação que é muito mais abrangente. É preciso levar em consideração o “pensar digital”, saber criar uma estratégia, saber metrificar os resultados e viver um estilo de vida de real transformação.
Por Conta Plena 02 abr., 2024
O que você quer fazer, no que investir, qual é o seu propósito nisso tudo? Essas e outras diversas perguntas passam pela cabeça de quem tem o sonho de empreender, de levar sua ideia 💡 a alcançar sucesso e notoriedade. Porém acaba se deparando com várias perguntas, que se tornam barreiras para levar esse sonho a diante. Mas com planejamento qualquer obstáculo pode ser superado. Vamos lá dar o primeiro passo? Deve-se começar por aquilo que você gosta, identificando suas aptidões. Assim, o seu negócio não será baseado apenas no mercado, mas também naquilo que você sabe fazer bem. Acredite, isso é um grande passo! É possível prestar um bom serviço quando se faz algo com que se tem maior facilidade de trabalho. Hoje tudo é conectado, começar pequeno e dentro de casa é uma possibilidade, aprender a gerenciar à distância reduz sua necessidade de espaço físico. Aquilo que puder ser flexibilizado em termos de localidade pode representar ganhos de custos com espaço e aluguel. Você pode identificar algo totalmente novo ou identificar aquilo que os seus concorrentes não fazem bem. Às vezes, podem existir oportunidades baseadas em atividades simples, sem grandes investimentos, mas que não compensam para os grandes líderes, por exemplo. Após determinar os parâmetros acima, agora chegou o momento de se formalizar, agora é a hora de encarar a realidade e ser muito honesto sobre a sua empresa para que você escolha o CNPJ certo. É essencial que você conheça as suas opções, então, aqui vão algumas dicas importantes: ⦁ MEI: O mais famoso entre os tipos de empresa, o Micro Empreendedor Individual é a categoria de menor empresa disponível, que permite um faturamento de até R$ 81 mil por ano. Essa modalidade permite a contratação de apenas um funcionário e costuma ser escolhida por prestadores de serviços, já que é bem limitada. ⦁ EI: O Empresário Individual permite apenas um sócio, mas já tem a liberação de faturamento para 4,8 milhões ao ano, para Empresa de Pequeno Porte (EPP), ou R$ 360 mil ao ano, para Microempresa (ME). Diferente do MEI, o EI precisa escolher que tamanho de empresa terá e também como será a tributação. Nesse ponto, é sempre importante ter um contador para não ter prejuízos desnecessários. ⦁ LTDA: A Sociedade Limitada permite dois ou mais sócios e cada um é responsável por um percentual diferente da empresa e exerce atividades diferentes. É um dos tipos de CNPJ mais comuns para quem quer ter uma sociedade e separa os bens individuais dos bens dos sócios, diferente do EI. ⦁ SLU: Sociedade Limitada Unipessoal, é nova no Brasil e permite um sócio. A grande vantagem dela é que você não precisa de um sócio e o seu patrimônio também fica separado da pessoa física e jurídica. Além disso, esse tipo de empresa abrange profissionais liberais, que estavam excluídos do EI. ⦁ Sociedade Simples: Ao contrário do LTDA, essa modalidade exige que os sócios exerçam a mesma atividade econômica e não é exatamente um tipo de atividade empresarial: são sociedades de natureza intelectual, científica, literária ou artística. Por exemplo: se você é advogado, mas não empreende no ramo e precisa de um CNPJ, essa é uma boa escolha. ⦁ SA: A Sociedade Anônima não abrange sócios, mas sim ações. Aquele famoso capital aberto, sabe? Então, quem atua na empresa são os acionistas e, claro, o patrimônio pessoal de todo mundo é separado da empresa. É mais comum em empresas de grande porte. É importante aprender a lidar com seus medos, inseguranças e insatisfações. Isso pode determinar o quanto você irá conseguir êxito em suas atividades do dia a dia e no longo prazo. Sentimos que é difícil fazer aquilo que não sabemos fazer e, quando não sabemos, fica muito mais difícil tomar a coragem para fazer. Portanto, comece pelo óbvio: conhecimento. Estude tudo o que puder sobre o seu mercado, sobre empreendedorismo, analise as questões técnicas de uma empresa, aprenda com a história de outros empreendedores, estude tudo o que puder sobre o seu cliente. Você está aqui, lendo este artigo, o que significa que está tomando os primeiros passos para perder esse medo! Outro ponto importante é saber qual é o seu objetivo. Não adianta estudar aleatoriamente sem saber aonde você quer chegar. Por isso, trace um plano claro para a sua vida. Quando você segue no caminho do que é compatível com o seu objetivo e aprende o que precisa para realizar esse objetivo, você se prepara para aproveitar as oportunidades que aparecem ao seu redor. Essas oportunidades só são vistas quando você sabe aonde quer chegar. Você já parou para pensar em quais habilidades você possui que são seu ponto forte para a gestão da sua empresa e até mesmo nas relações pessoais? Se ainda não, é hora de começar a pensar mais sobre essas habilidades. Um negócio não começa na festa de inauguração ou na primeira vez em que abre as portas ao cliente. Ele começa bem antes, quando você observa e reconhece uma oportunidade, uma dor e pensa na solução. Até o dia da abertura, você vai tomar várias decisões que não serão simples. Por isso, a gestão é tão importante. Com ela, você tem uma visão clara dos passos a serem tomados antes de iniciar qualquer negócio e, durante a execução dele, incluindo os benefícios e desafios de cada tomada de decisão para se preparar melhor para essa nova empreitada. Comece lembrando que a disciplina será sua maior aliada! Planejar, no curto ou no longo prazo, a depender das tarefas e ações, é fundamental para o bom andamento de um negócio, visto que compreender o processo faz com que os imprevistos possam ser resolvidos de forma mais assertiva.
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Agilidade e economia são vantagens da adoção de um software de gestão financeira.
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Potencialize sua produtividade na contratação de colaboradores.
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